Deputado afirma que ciclo Lula-Dilma deve acabar em 2014

Em discurso realizado nesta segunda-feira (7) o Deputado Federal Jutahy Junior afirma que o PSDB está em um bom momento, já que as eleições de 2014 podem terminar com o ciclo Lula-Dilma após o ex-Governador José Serra reafirmar seu compromisso com o partido e a ex-Senadora Marina Silva decidir ingressar ao PSB para apoiar a candidatura de Eduardo Campos.

PSB e PSDB enfrentarão o PT em 2014 (Foto: Divulgação)
PSB e PSDB enfrentarão o PT em 2014 (Foto: Divulgação)

Para Jutahy, “essa é uma decisão extremamente relevante para o processo político, porque agora nós temos dois blocos poderosos de enfrentamento ao PT: um é o PSDB, unido, e o outro é o PSB, fortalecido. E é importante ressaltar que o PSB, nesses 12 anos praticamente de lulopetismo, de Governo Lula-Dilma, teve inclusive Ministros seus no Governo do Presidente Lula, e a própria Marina também foi Ministra. Então, são forças que saem do Governo e que participam do processo, fortalecendo o campo da oposição”, dirscursa.

O partido quer terminar com o ciclo por motivo ético e moral. “Nada é mais representativo daquilo que aconteceu nesses 12 anos do que a questão do mensalão. Não há nada mais representativo do enfrentamento que se precisa ter nesse campo ético, porque o mensalão foi uma afronta às instituições, foi a coisa mais gritante e vergonhosa que já existiu num processo político democrático no nosso País”, diz o Deputado

Segundo ele, outra questão seria o encerramento do ciclo econômico baseado na ideia de crédito e consumo. Ele afirma que “o Brasil não tem capacidade mais de crescer baseado simplesmente em crédito e consumo e necessita uma nova Liderança para trazer o início de um novo ciclo econômico que tenha a capacidade de fazer o Brasil crescer como merece”.

O deputado conclui dizendo que o Governo Federal, no ciclo Lula-Dilma, diminuiu sua capacidade de investimento na saúde do Brasil em praticamente 10%, fazendo aumentar a participação dos Estados e Municípios. “Nós temos aí as concessões paralisadas, num conflito de ideologia, de incompetência, numa junção desses dois fatores. […] No meu Estado, por exemplo, nós estamos diante de uma situação gravíssima em relação à BR-101. Não conseguem fazer a duplicação porque não sabem se é por dinheiro público, se é concessão e a forma de se fazer essa concorrência. Nós temos lá já anunciada a conclusão da ferrovia Oeste-Leste e não temos nenhum porto pronto no Porto Sul, nem a ferrovia com nenhum trilho entre Luís Eduardo Magalhães e Caetité”, disse.

Jutahy acredita que agora, com dois blocos poderosos de enfrentamento ao PT, o país pode ficar mais esperançoso com as próximas eleições.

Deputado Jutahy quer derrubar veto da presidente Dilma em projeto

Em discurso, o deputado federal Jutahy Júnior (PSDB) reivindica à Câmara dos Deputados que derrubem o veto proporcionado pela presidente Dilma. Em 3 julho, a Câmara aprovou 315 a 95 votos a extinção da multa adicional para demissões sem justa causa, que rendia aos cofres da União cerca de R$ 3 bilhões ao ano. Porém, segundo o deputado, apenas o PT encaminhou o voto contrário, e diante da diferença de números na votação, a presidente Dilma Rousseff vetou todo o Projeto 200/2012.

“Agora foi constituída uma comissão especial. Com a mudança dos critérios da votação dos vetos, nós temos agora possibilidade, de fato, de que esses vetos sejam votados rapidamente e essa comissão especial já foi constituída”, diz Jutahy, que espera que os parlamentares e a todas as pessoas que acompanharam a votação derrubem esse veto. O deputado ainda diz: “Eu creio que a Presidenta Dilma Rousseff perdeu completamente o rumo, desde o momento em que a população foi para as ruas e ela não conseguiu compreender a realidade que o Brasil está vivendo”.

O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), rebateu as críticas e disse que parte dos recursos é utilizada para programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida. Outro argumento é que o governo vem promovendo desonerações para diversos setores, inclusive a indústria. “A geração de emprego só é possível porque o governo realizou as desonerações”, disse Guimarães.

Criada em 2001, a multa adicional de 10% sobre o FGTS servia para zerar o rombo decorrente de decisão judicial que obrigou o governo a compensar o fundo pelas perdas relativas aos planos Verão, no governo Sarney, e Collor I. Em julho de 2012, o déficit foi coberto e a multa deveria ter sido extinta. A contribuição adicional se soma aos 40% que os empregadores têm de pagar quando a demissão é imotivada, razão pela qual a indústria alega que aumenta o custo Brasil e diminui a competitividade do setor produtivo.

Por fim, Jutahy diz: “Nós temos absoluta convicção de que o Plenário desta Câmara, o Plenário do Congresso — Câmara e Senado — tem absolutas condições de manter a votação que aconteceu aqui: 315 votos favoráveis, contra apenas 95”. E finaliza: “Temos que fazer com que esse voto seja mantido, que o veto seja aplicado, e a Presidente Dilma compreenda que a sociedade mudou, e que ela não pode continuar cobrando indevidamente impostos, quando não dá a retribuição para a sociedade”.

Deputado Jutahy critica OAB e pede rejeição do PEC 37

Nesta última segunda-feira (24), em discurso no Plenário, o Deputado Federal da Bahia Jutahy Junior (PSDB) afirma a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) está cometendo um erro histórico ao defender a PEC 37, que tira o poder de investigação do Ministério Público. Segundo Jutahy, “Isso é contra as tradições mais legítimas dos melhores instrumentos que a OAB teve de defesa das liberdades públicas e das garantias individuais”, diz o Deputado.

Confira o discurso completo logo abaixo:

Entenda o que é o PEC 37:

O PEC 37 é uma Proposta de Emenda à Constituição, conhecido como PEC da Impunidade, pois o projeto pretende tirar o poder de investigação do Ministério Público. Caso seja aprovada, ela inviabilizará algumas investigações como: desvio de verbas, crime organizado, abusos cometidos por agentes dos Estados e violações de direitos humanos. A votação para aprovação do PEC 37 acontecerá no dia 3 de julho.