“Enquanto muitos se divertem, a Prefeitura de Itabuna trabalha, e trabalha muito.” A frase é do presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), uma das instituições do município envolvidas na organização da 37ª edição da Lavagem do Beco do Fuxico, que aconteceu no último sábado (23) com grandes novidades, entre elas, a extensão do circuito da folia até as avenidas Aziz Maro e Mário Padre, no bairro da Conceição.

O trabalho feito em parceria com a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Transporte e Trânsito (SETTRAN), Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), e que envolveu também a Polícia Militar (PM), Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Vigilância Sanitária, Guarda Civil Municipal, Juizado da Infância e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) deu conta de uma das edições mais tranquilas e mais pacíficas da festa, para não dizer que foi a mais tranquila e a mais pacífica, mesmo porque, segundo dados da própria PM, não houve um registro sequer de situação de violência.

Os trabalhos de organização foram acompanhados de perto pelos diretores dos blocos desde o mês de novembro. E o resultado não poderia ter sido outro, senão a festa memorável que ficará registrada para sempre na história da cidade.

A Prefeitura de Itabuna e a FICC ainda enfrentaram alguns contratempos, todos superados com a leveza de quem sabe que a festa que acontece por iniciativa e vontade do povo não tem sobressaltos. Dos problemas enfrentados, o maior deles seria como manter vivo o ícone-símbolo da festa sem o seu ingrediente principal: “a água”. Como fazer uma festa que se chama “Lavagem do Beco” se a cidade está enfrentando escassez de água? Simbolicamente, a própria prefeitura sempre se encarregou, através da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA), de providenciar os carros-pipas que sempre refrescaram o povo alegre e animado.

Sem água, sem carros-pipa, a chuva que começou a cair nos últimos dias em Itabuna persistiu no dia da Lavagem e fez valer a sentença de que a 37ª edição da festa mais bonita de Itabuna seria toda ela completa. Assim, não faltou nem a água para divertir quem esteve ao longo do percurso, organizado entre a sede da FICC na Praça Laura Conceição, passando pela Rua Duque de Caxias, entrando no Beco do Fuxico e complementado pelo novo trajeto sugerido pela Prefeitura de Itabuna, tomando-se a Avenida do Cinquentenário (contra-mão), a Praça Otávio Mangabeira, a ponte Miguel Calmon e as avenidas Aziz Marom e Mário Padre, próximo ao Espaço Cultural Josué Brandão, no bairro da Conceição.

Cerca de dez blocos passaram pelo circuito trazendo valores dos mais diversos da música baiana e brasileira. Entre as atrações, os grandes destaques estiveram voltados para a banda Amor a Dois (puxando o bloco Dez… Casados), Minha Banda (com o bloco As Bandidas) e Alavonté, que encerrou a festa no bairro da Conceição já na madrugada de domingo (24).
Em todos os pontos da folia, não faltaram sanitários químicos e estruturas elevadas utilizadas pela Polícia Militar. Também foram garantidos seis ambulâncias, um ambulatório, equipes médicas com brigadistas, ponto de apoio para as equipes de trabalho e área reservada para a imprensa, tudo em local estratégico.
Wilson Jorge Ferreira, folião que saiu de Coaraci para curtir a Lavagem do Beco em Itabuna, disse que a festa, “por ter essa preocupação de uma prefeitura que privilegia as manifestações culturais da cidade, se transforma numa homenagem à paz e à alegria, sempre brindando a todos com muita diversão”, disse.
Para Roberto José da Silva, “a FICC sempre esteve e sempre estará numa condição de centroavante no que se refere aos apoios dados à Lavagem. Todos estão de parabéns, a prefeitura, a própria FICC, as demais secretarias envolvidas, os agentes de segurança pública, estamos felizes que a festa tenha acontecido e, mais ainda, que ela, antes de ter essa conotação de ter tido a Prefeitura como uma das co-realizadoras, receba a sua assinatura maior, que é a do povo de Itabuna. Se a festa acontece, é porque o povo quis que fosse assim”, disse Roberto, ratificando a missão da FICC de valorizar a cultura local.